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CBBM 2018: “Biomedicina a distância já é uma realidade”

“Biomedicina a distância já é uma realidade”. A polêmica afirmação da Dra. Carina Alves, diretora e consultora em Educação a Distância, foi tema de palestra do segundo dia de programação do 16º Congresso Brasileiro de Biomedicina e 4º Congresso Internacional de Biomedicina, que acontece em São Paulo (SP), até o próximo sábado, dia 8. De acordo com a especialista, o número de ingressantes na educação superior por meio da EaD vem avançando em ritmo acelerado. “Não dá para brigar contra. É preciso que os conselhos [de saúde] aceitem essa realidade, apoiem e auxiliem o Ministério da Educação na regulação e na supervisão desses cursos”, afirmou.
A diretora, que se disse conservadora em relação a modalidade, ressaltou que a expressão “perfil para aluno de EaD” já não existe mais. “Hoje aprendemos mais a distância do que presencialmente, mesmo sem perceber, basta observar que estamos a todo o tempo conectados”. Ela ressaltou que o mercado de trabalho exige velocidade, praticidade, criatividade, portanto, se o profissional não se adaptar ficará de fora desse universo.
“Precisamos definir agora o rumo que os cursos da saúde vão seguir e aproveitar as vantagens que a modalidade oferece: mensalidades a preços acessíveis, baixo custo de materiais e despesas extras, além da democratização do ensino por levar aos mais afastados rincões do país o acesso à educação”.

Cursos presenciais X cursos EaD na área da saúde
Conselhos da área da saúde e entidades de apoio já encabeçaram ação contra o avanço da modalidade EaD e redigiram uma carta pública pedindo apoio da sociedade para barrar a criação e regulamentação de tais cursos para a área da saúde. De acordo com o Dr. Silvio José Cecchi, presidente do Conselho Federal de Biomedicina e titular da Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior do Ministério da Educação – Seres/MEC, “é impossível ser contra o mínimo de educação a distância, assim como é impossível ser a favor de 100% de educação a distância para cursos de saúde. Precisamos chegar a um meio termo que equilibre essa equação”, justificou Cecchi, uma vez que o Conselho Federal de Biomedicina foi o único conselho a não ser signatário da carta.
 
Por Caroline Lucas